Relações sociais fortalecem saúde mental e aumentam sensação de felicidade, aponta estudo
- edufribeiro07
- há 7 dias
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Um novo estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Harvard reforça o papel essencial das relações sociais na promoção do bem-estar e da saúde mental. A pesquisa, que faz parte do projeto Harvard Study of Adult Development, o mais longo estudo sobre felicidade humana já conduzido, destaca que conexões significativas com amigos, familiares e colegas de trabalho são determinantes mais fortes de satisfação de vida do que fatores como riqueza ou status profissional.
Segundo os pesquisadores, a presença de vínculos sociais de qualidade atua como um “escudo psicológico”, reduzindo o risco de depressão, ansiedade e doenças crônicas. Pessoas que mantêm relações próximas tendem a lidar melhor com o estresse, a desenvolver mais empatia e a apresentar maior longevidade. Já o isolamento social e a solidão prolongada estão associados ao aumento de inflamações no organismo, maior pressão arterial e risco elevado de mortalidade precoce.
O estudo aponta ainda que a natureza das relações importa mais do que a quantidade. Ter poucos amigos, mas com vínculos profundos, é mais benéfico do que manter uma rede extensa, porém superficial. Os laços de amizade também são fundamentais para o equilíbrio emocional em períodos de mudança como aposentadoria, luto ou transições profissionais, oferecendo suporte afetivo e sensação de pertencimento.
Do ponto de vista da neurociência, interações sociais estimulam a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e ocitocina, hormônios diretamente ligados à sensação de prazer e bem-estar. Esses mecanismos explicam por que atividades simples — como conversar, rir, compartilhar uma refeição ou participar de grupos têm efeitos positivos imediatos na saúde emocional e até na imunidade.
Em um contexto contemporâneo de alta conectividade digital, o estudo alerta para a diferença entre “estar conectado” e “sentir-se conectado”. Embora as redes sociais possam ampliar o contato, o bem-estar real decorre de interações presenciais e experiências compartilhadas. A recomendação dos especialistas é dedicar tempo a amizades autênticas, cultivar a escuta ativa e participar de ambientes comunitários que reforcem o senso de vínculo humano.
A pesquisa conclui que a amizade é um investimento vital de longo prazo. Pessoas que priorizam relações de apoio e afeto tendem a ser mais resilientes diante das dificuldades, a ter maior propósito e a relatar níveis mais altos de felicidade. O estudo reafirma que, entre os pilares da saúde corpo, mente e espírito, o social é o que sustenta a sensação mais duradoura de bem-estar.





