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Treinar em jejum: pode aumentar uso de gordura, mas não é solução milagrosa

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Treinar em jejum praticar exercícios físicos antes de comer voltou a gerar debates científicos e entre especialistas em saúde. A ideia parece simples: sem alimento recente, o corpo seria forçado a usar reservas de gordura como fonte de energia. Contudo, a médica nutróloga Danielli Orletti explica que isso não significa, necessariamente, emagrecimento garantido.



Estudos mostram que há, de fato, maior oxidação de gordura quando se treina em jejum comparado ao treino após alimentação, mas os efeitos variam muito de pessoa para pessoa. Factores como intensidade do exercício, estado nutricional, metabolismo individual e tempo em jejum influenciam bastante.


Um ponto importante destacado é que para quem treina em jejum, há risco aumentado de fadiga, perda de rendimento, hipoglicemia (especialmente em jejum muito prolongado), além de poder haver impacto negativo se não houver reposição adequada de nutrientes depois do exercício.


Outro cuidado é com os objetivos: se quem pratica busca apenas “queimar gordura”, há que considerar que emagrecer envolve balanço calórico, alimentação diária, sono, estresse etc. O treino em jejum pode ajudar um pouco, mas não substitui uma estratégia global de saúde.


Para pessoas com condições médicas preexistentes diabetes, problemas hormonais, desordens metabólicas ou aquelas em fases especiais (gravidez, infância), essa prática exige acompanhamento profissional. Nem todo mundo pode ou deve treinar sem comer.


Além disso, mesmo para pessoas saudáveis, os benefícios de treino em jejum podem se traduzir mais em mudanças corporais sutis (como melhoria na sensibilidade à insulina, redução de gordura corporal em áreas específicas) do que em transformações rápidas ou drásticas.


Especialistas também apontam que o horário do dia, hidratação, tipo de exercício (aeróbico, resistência, etc.) e duração influenciam bastante os resultados. Para certos tipos de treino (alta intensidade, muito longo) pode haver prejuízo em jejum.


Concluindo: treino em jejum pode ser uma ferramenta útil, quando bem orientada, para algumas pessoas, mas não deve ser vista como “fórmula mágica” e sim como uma parte de um plano de bem-estar que inclua alimentação balanceada, descanso e acompanhamento profissional.



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