Novas tecnologias de monitoramento do diabetes reforçam aderência ao tratamento
- edufribeiro07
- 6 de nov.
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Com o avanço da tecnologia e o aumento da incidência de diabetes no Brasil, novas ferramentas digitais vêm transformando o modo como pacientes monitoram a doença e seguem o tratamento. Dispositivos de monitoramento contínuo de glicose (CGM), aplicativos móveis e sistemas inteligentes de acompanhamento médico estão ajudando a garantir mais controle, conforto e precisão no dia a dia de quem convive com a condição.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o país conta com mais de 17 milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes, e o número deve crescer 25% até 2030. Nesse contexto, a tecnologia tem se tornado uma grande aliada, permitindo o acompanhamento em tempo real dos níveis de glicose, o envio automático de dados ao médico e alertas personalizados sobre oscilações glicêmicas.
Os sensores de glicose, aplicados na pele, substituem a necessidade de múltiplas picadas diárias e enviam informações diretamente para o celular ou smartwatch do paciente. Essa praticidade não apenas aumenta o conforto, mas também melhora significativamente a aderência ao tratamento, reduzindo riscos de complicações como hipoglicemia e lesões vasculares.
O endocrinologista Dr. Rafael Guedes, do Hospital Sírio-Libanês, destaca que o uso desses dispositivos melhora a qualidade de vida e promove o empoderamento do paciente. “Com os dados em mãos, o paciente entende melhor o impacto da alimentação, da atividade física e do uso da insulina no controle da glicose. Essa autonomia é essencial para um tratamento eficaz e duradouro”, explica o médico.
Aplicativos integrados aos dispositivos permitem ainda o compartilhamento automático de dados com familiares e profissionais de saúde, ampliando a rede de apoio e tornando o tratamento mais colaborativo. Além disso, sistemas baseados em inteligência artificial já conseguem prever tendências glicêmicas e sugerir ajustes na rotina alimentar e na dosagem de insulina, auxiliando na prevenção de crises.
Com o avanço contínuo dessas soluções, o desafio agora é garantir o acesso equitativo às novas tecnologias, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas apontam que políticas públicas voltadas à inovação e à democratização dos dispositivos serão fundamentais para ampliar os benefícios da tecnologia e reduzir desigualdades no tratamento do diabetes no país.





