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Maioria dos brasileiros tem interesse em serviços de saúde digital, mas desconhece ferramentas, mostra pesquisa

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O avanço da tecnologia e a popularização da telemedicina têm transformado o modo como os brasileiros encaram o cuidado com a própria saúde. No entanto, uma nova pesquisa da Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) revelou que, embora 78% dos brasileiros tenham interesse em utilizar serviços de saúde digital, mais da metade ainda desconhece as ferramentas disponíveis para esse tipo de atendimento.


O levantamento ouviu mais de 3 mil pessoas em todas as regiões do país e mostrou que a pandemia foi o principal fator responsável por impulsionar o contato com plataformas digitais de saúde. Aplicativos de agendamento de consultas, prontuários eletrônicos e monitoramento remoto de doenças crônicas estão entre as inovações mais citadas pelos entrevistados. Apesar disso, 54% afirmaram nunca ter utilizado um serviço de saúde digital por falta de informação ou confiança.


Entre os principais motivos apontados para a resistência estão o receio de falhas de segurança e privacidade de dados, além da dificuldade em entender o funcionamento dos sistemas. O estudo também revelou que a faixa etária acima dos 50 anos é a que apresenta maior resistência ao uso de ferramentas digitais, enquanto os jovens até 35 anos demonstram maior familiaridade e aceitação.


Para a médica e especialista em inovação em saúde, Dra. Patrícia Alencar, o resultado reforça a necessidade de ampliar a educação digital em saúde. “Os brasileiros estão abertos à tecnologia, mas ainda precisam de orientação para entender como esses recursos podem melhorar o acesso e a qualidade do cuidado. A alfabetização digital é o primeiro passo para a verdadeira transformação do sistema”, explica.


As plataformas de teleconsulta, prescrição digital e monitoramento remoto, quando bem aplicadas, permitem maior agilidade no atendimento, reduzem filas e ampliam o alcance dos serviços médicos, especialmente em regiões onde há carência de profissionais. Além disso, a integração com sistemas de inteligência artificial tem permitido diagnósticos mais rápidos e personalizados, melhorando a experiência do paciente.


Para especialistas, o futuro da saúde no Brasil depende de políticas públicas que incentivem a inovação com responsabilidade, garantindo segurança de dados, equidade de acesso e treinamento contínuo de profissionais. A pesquisa da ABSS conclui que o país vive um momento de transição: a tecnologia já está disponível o desafio agora é fazer com que as pessoas confiem e aprendam a utilizá-la.

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