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Brasil mantém taxa Selic em 15% para conter inflação persistente

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O Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, repetindo a decisão anterior para sinalizar compromisso com o controle da inflação. A medida foi anunciada em reunião recente do Comitê de Política Monetária (Copom).



A inflação acumulada em 12 meses até agosto ficou em 5,13%, ligeiramente abaixo do mês anterior, mas ainda acima do centro da meta estabelecida pelo governo. Esse número revela que, apesar de quedas pontuais, os preços continuam pressionados.


O Copom avaliou que vários fatores internos continuam a gerar risco inflacionário, como demanda de consumo ainda robusta, tensões no mercado de trabalho e expectativas de inflação que não estão ancoradas firmemente.


Externamente, elementos como incertezas sobre política monetária estrangeira, variação cambial e choques de oferta (por exemplo, no preço de energia ou insumos importados) também foram considerados no processo decisório.


No comunicado, o Banco Central indicou que vê possibilidade de flexibilidade para rever a taxa somente a partir do primeiro trimestre do próximo ano, dependendo de como evoluírem inflação, atividade econômica e cenário global.


Outro ponto de atenção é a dívida das famílias: o serviço da dívida parcela do rendimento após impostos que é usada para pagar dívidas continua elevado, o que pode limitar o consumo futuro se as taxas de juros permanecerem altas.


Analistas financeiros apontam que manter juros tão altos por muito tempo pode frear investimentos e refrear o crescimento econômico, mas avaliam que a autoridade monetária prefere errar pelo rigor para evitar que a inflação volte a disparar.


Por fim, para o cidadão comum, o cenário se traduz em crédito caro, parcelas de financiamento mais elevadas e impacto nos preços dos produtos importados. A cautela também é recomendada para empresas que dependem de capital externo ou de insumos importados.



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