Software quântico entra no centro da corrida: startup recebe aporte de US$ 34 milhões

A startup britânica Phasecraft acaba de levantar US$ 34 milhões em novos investimentos para acelerar o desenvolvimento de software quântico voltado a aplicações práticas. A empresa, fundada por pesquisadores ligados à University College London e à University of Bristol, busca tornar os algoritmos quânticos úteis em hardware ainda limitado, aproximando a tecnologia de setores estratégicos como energia renovável, desenvolvimento de fármacos e novos materiais.

Diferente da corrida por máquinas mais potentes, a Phasecraft aposta no avanço dos algoritmos híbridos, que combinam processamento clássico e quântico. Essa abordagem já mostrou resultados promissores, como simulações de sistemas complexos de materiais que podem levar à criação de baterias mais duráveis e técnicas avançadas de design de moléculas para medicamentos.

A empresa afirma que os primeiros cálculos de relevância científica podem acontecer já em 2026, transformando a promessa quântica em realidade comercial. Isso pode colocar o Reino Unido entre os líderes na exploração econômica dessa tecnologia, em um mercado estimado em US$ 450 bilhões até 2030.

Para analistas, o movimento reforça uma tendência clara: o futuro imediato da computação quântica não está apenas no hardware, mas na capacidade de criar softwares que consigam extrair o máximo do que já existe. Nesse cenário, startups como a Phasecraft se tornam fundamentais para aproximar inovação de impacto real em áreas de alto valor econômico.