Saúde do homem: como a falta de cuidados afeta a longevidade
- edufribeiro07
- 24 de nov.
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A expectativa de vida dos homens é, em média, inferior à das mulheres em praticamente todo o mundo um fenômeno que vai além de fatores biológicos e revela a influência decisiva dos hábitos, da cultura de saúde e do acesso a serviços. Dados da World Health Organization (OMS) mostram que, em muitos países, os homens têm menor probabilidade de buscar cuidados médicos, mais exposição a doenças não transmissíveis e maiores índices de acidentes, o que contribui para um gap de mortalidade evitável.
Estudos sugerem que comportamentos modificáveis como tabagismo, obesidade, sedentarismo, hipertensão e níveis elevados de álcool têm impacto particularmente intenso na longevidade masculina. Um trabalho de 2025 demonstrou que, para homens de 65 anos, cada incremento em um “placar de saúde” (que contempla dieta, atividade física, cintura abdominal, álcool e tabaco) reduzia o tempo de vida com doença e adiava o surgimento de grandes enfermidades.
Outro ponto crítico é o menor engajamento dos homens com os serviços de atenção primária e prevenção. A OMS destaca que os homens morrem em taxas mais altas que mulheres por condições tratáveis e preveníveis, e isso está associado em parte à menor procura por diagnóstico precoce.
Esses fatores combinados têm consequências práticas: homens que acumulam múltiplos fatores de risco por exemplo, tabagismo + obesidade + pressão alta + sedentarismo têm probabilidade significativamente menor de alcançar idades avançadas com boa funcionalidade. Um estudo clássico mostrou que, entre homens com cinco fatores adversos aos 70 anos, as chances de viver até os 90 ficavam em torno de apenas 4 %.
Para reverter essa tendência, a recomendação é clara: adotar cedo práticas saudáveis (atividade física regular, alimentação equilibrada, evitar tabaco/álcool em excesso), realizar exames preventivos, controlar doenças crônicas e cultivar suporte social. Mudanças simples têm impacto: por exemplo, um estudo mostrou que mesmo os homens que aumentaram sua atividade física leve ou moderada, reduziram risco de mortalidade.
Em síntese, a saúde do homem longe de ser algo secundário é elemento central para a longevidade e qualidade de vida. A negligência com cuidados, prevenção e autocontrole não apenas reduz os anos de vida, mas impacta a vida ativa, funcional e com bem-estar. Reconhecer esse cenário é o primeiro passo para transformação.





