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Proteção de dados na inteligência artificial e a busca por soluções que resguardem informações e fortaleçam a confiança dos usuários

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O uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) tem crescido de forma exponencial em empresas de todos os portes, muitas vezes de modo espontâneo, sem o controle total das equipes de TI. Essa expansão desordenada reforça a importância de políticas claras e tecnologias voltadas ao uso responsável da IA, capazes de minimizar riscos e estimular a inovação segura. À medida que a adoção dessas ferramentas aumenta, cresce também a necessidade de criar ambientes digitais que garantam proteção de dados e governança tecnológica.



De acordo com o relatório anual da IBM sobre segurança de dados em 2025, cerca de 20% das organizações pesquisadas sofreram violações causadas pelo uso não autorizado de IA prática conhecida como shadow AI. Esse tipo de exposição elevou o custo médio das violações para aproximadamente US$ 670 mil por incidente. O estudo também aponta que 13% dos vazamentos envolveram modelos legítimos de IA, sendo que 60% desses casos resultaram em comprometimento de dados e 31% em paralisações operacionais.


Para especialistas, o problema está na ausência de controle e supervisão. Muitos funcionários usam ferramentas de IA generativas sem orientação adequada, compartilhando informações sensíveis sem perceber. Isso cria vulnerabilidades que podem comprometer toda a estrutura digital das empresas. Giovanni La Porta, CEO da Vortice.ai, destaca que a segurança precisa ser uma base do desenvolvimento, e não uma etapa final. “A proteção de dados não pode ser tratada como uma etapa adicional; ela deve estar incorporada desde a concepção de qualquer sistema de IA”, afirma.


No Brasil, o avanço da regulação tem ajudado a conter abusos. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), por exemplo, determinou a suspensão da política de privacidade da Meta, que permitia o uso de informações pessoais de usuários para treinar seus modelos de IA. A decisão, acompanhada de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, foi vista como um marco para garantir transparência e fortalecer a proteção dos cidadãos no ambiente digital.


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é o principal instrumento legal que regula o tratamento de dados pessoais no país. Ela estabelece princípios como finalidade, adequação, necessidade, transparência e segurança todos fundamentais no contexto da IA. Entre os direitos assegurados aos titulares estão o acesso, a correção, a portabilidade e a exclusão de informações pessoais, bem como a exigência de consentimento explícito para usos específicos e o treinamento de modelos com dados anonimizados.


Outro avanço importante é o Projeto de Lei 2.338/2023, que propõe o marco legal da inteligência artificial no Brasil. O texto busca reforçar a criação de tecnologias éticas, seguras e transparentes, promovendo um equilíbrio entre inovação e responsabilidade. O projeto também destaca a importância de auditorias independentes, certificação de modelos e canais de denúncia para violações de privacidade e uso indevido de dados.


Para empresas e desenvolvedores, o desafio é alinhar-se a essas diretrizes sem perder competitividade. Soluções como o sistema Deep Reflection, desenvolvido pela própria Vortice.ai, demonstram que é possível inovar com segurança. A tecnologia garante rastreabilidade total das informações usadas no treinamento de IA, permitindo que cada resposta gerada tenha sua origem comprovada e autenticada digitalmente pela Deep Reflection Signature, o que assegura identidade, autoria e propriedade dos dados utilizados.


Esse tipo de modelo transparente vem sendo adotado por diversas empresas brasileiras e internacionais, mostrando que a confiança digital é um ativo estratégico. Plataformas que oferecem controle, revisão e encerramento de perfis de IA sob responsabilidade do usuário reforçam a ideia de que inteligência artificial deve servir como aliada e não ameaça à privacidade.


O avanço da IA é inevitável, mas seu sucesso dependerá da capacidade de equilibrar inovação e segurança. Com governança sólida, transparência e respeito à legislação, é possível construir um ecossistema tecnológico que inspire confiança, impulsione produtividade e fortaleça a relação entre empresas, governos e cidadãos.



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