Política de juros deve se manter estável até encontro do Copom em setembro

O Banco Central deve manter a taxa Selic em 15% ao ano no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) previsto para 17 de setembro. A expectativa é fruto de pesquisa com economistas realizada pela Reuters, mostrando posições majoritárias favoráveis à estabilidade da taxa.

O cenário que sustenta essa decisão inclui uma inflação anual ainda acima da meta, estimada em cerca de 5,13%, e pressões inflacionárias vindas do setor de serviços. Apesar disso, o índice de preços ao consumidor apresentou em agosto uma leve deflação mensal de 0,11%, o que mostra algum alívio pontual.

Autoridades monetárias destacam que manter juros elevados é necessário para garantir credibilidade e controlar expectativas, sobretudo por causa de choques externos, custos de insumos elevados e inflação importada.

Mercado financeiro acompanha com atenção cada dado de inflação ou atividade econômica, pois qualquer surpresa pode alterar projeções de cortes futuros de juros ou manutenção — tema sensível para crédito, investimento e consumo.

Há consenso de que eventual corte, quando vier, deve ser gradual e soberano, para não gerar instabilidade ou pressão sobre preços e câmbio.

Analistas estimam que a primeira redução significativa da Selic ocorrerá em dezembro de 2025 ou no início de 2026, caso os dados de inflação e atividade se mantenham favoráveis.

Por ora, o cenário permanece de juros altos e política monetária restritiva, com foco em equilíbrio entre crescimento econômico e controle inflacionário.