Os cuidados para evitar o envelhecimento precoce gerado pela luz de celulares
- Gabriele Galvão
- 18 de ago.
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Alimentação saudável e skincare podem ser aliadas para proteger a pele corretamente da radiação emitida pela luz azul, que é capaz de penetrar profundamente na pele, provocando danos ao colágeno e à elastina, duas proteínas fundamentais para manter a firmeza e elasticidade. Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP), revelou que a exposição diária à luz azul pode causar alterações preocupantes. Após simular 42 dias de exposição, o equivalente a 42 horas de sol forte, células da pele passaram a se dividir mais rápido, ativaram genes ligados ao metabolismo e desligaram genes de defesa, além de apresentarem alterações no núcleo, comportamento semelhante ao causado pela radiação UVA.
Embora a radiação emitida por celulares e computadores seja muito menos intensa do que a do sol, o uso constante e prolongado desses dispositivos pode gerar impactos relevantes para a saúde da pele. “O resultado é o envelhecimento precoce da pele, com surgimento de rugas, flacidez, manchas escuras e perda de luminosidade”, explica a médica dermatologista Bruna de Nardo Aniceto, revelando que, a exposição diária à luz azul também está associada ao aumento do estresse oxidativo, processo que acelera a degradação celular e prejudica a regeneração natural da pele. “Pessoas com pele madura, fototipo 1 (muito claras) ou com predisposição ao melasma, são ainda mais sensíveis, podendo apresentar piora significativa do quadro”, acrescenta.
Para a dermatologista, um ponto importante é que os protetores solares tradicionais, voltados à proteção contra os raios UVA e UVB, não são eficazes contra a luz azul. Para garantir uma barreira mais completa, ela recomenda o uso de filtros solares com cor ou pigmentos minerais, que ajudam a refletir a luz visível. Orienta também a adotar medidas simples no dia a dia, como reduzir o brilho das telas, utilizar filtros de luz azul, fazer pausas regulares no uso de eletrônicos e manter uma distância adequada dos dispositivos. Com essas atitudes, é possível prevenir os danos à pele. “Mesmo em ambientes fechados, a luz azul continua presente. A iluminação artificial e a luz solar filtrada por janelas não eliminam completamente esse risco”, reforça.




