IPCA indica deflação mensal em agosto e acende sinal de alerta para inflação de serviços
- edufribeiro07
- 11 de set.
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Uma pesquisa da Reuters com 22 economistas aponta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2025 no Brasil caiu cerca de 0,15% em comparação com julho. Essa deflação mensal deve-se principalmente a descontos em tarifas de energia da hidrelétrica de Itaipu e à queda em alguns preços de alimentos.
Apesar dessa queda mensal, a inflação acumulada nos últimos 12 meses permanece em 5,09%, ligeiramente acima de leituras anteriores e bastante distante da meta central de 3% do Banco Central, com tolerância de 1,5 ponto percentual.
Setores como alimentos e preços industriais mostraram recuo, mas os serviços continuam pressionando os números para cima. Inflação de serviços está estimada em cerca de 6%, mantendo os economistas cautelosos quanto aos efeitos realistas desse alívio recente.
O Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, índice que já se encontra no patamar mais alto em quase duas décadas, como forma de frear pressões inflacionárias persistentes. Há debates sobre quando ou se haverá flexibilização dessa taxa, mas a conjuntura exige prudência.
Com a inflação bem acima da meta, a expectativa de cortes de juros só deve se concretizar mais adiante, se as próximas leituras mostrarem continuidade na desaceleração dos preços básicos (core inflation).
Analistas veem essa leitura de agosto como uma janela de oportunidade para políticas monetárias mais moderadas, mas alertam: um deslize nas tarifas públicas ou no câmbio pode reverter esse quadro.
Se confirmado, esse seria o primeiro mês de deflação no IPCA desde agosto de 2024, o que simboliza uma mudança de maré para a inflação brasileira, mesmo que muitos desafios ainda permaneçam.





