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Inflação volta a subir em meados de setembro impulsionada por custos habitacionais

Feira livre, em imagem de arquivo — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Feira livre, em imagem de arquivo — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação brasileira voltou a acelerar em meados de setembro de 2025, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando alta de 0,48% no mês. O movimento reverteu a tendência de queda observada anteriormente e foi fortemente influenciado pelo grupo habitação, que concentrou as maiores pressões inflacionárias.

O principal vilão foi a eletricidade residencial, impactada por reajustes tarifários e aumento dos custos de produção e transmissão de energia. Aluguéis e serviços relacionados à moradia também tiveram papel relevante na elevação do índice. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,32%, superando a meta central do Banco Central (3%), embora ainda dentro do limite superior do intervalo de tolerância.

Em contrapartida, o grupo alimentação e bebidas apresentou queda no período, aliviando parte da pressão sobre o orçamento das famílias. Esse recuo foi atribuído à maior oferta de alguns itens in natura e ao comportamento mais estável de produtos industrializados.

Economistas avaliam que o resultado reforça o dilema da política monetária: por um lado, o nível elevado dos juros busca conter a inflação; por outro, fatores sazonais e choques de preços administrados, como energia e combustíveis, continuam trazendo volatilidade. Se as pressões do setor habitacional persistirem, a expectativa de desaceleração da inflação até o fim do ano pode ser revista pelo mercado.


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