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Indústria baiana reconhece papel estratégico da cultura para o desenvolvimento social, aponta pesquisa do SESI Bahia

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Uma pesquisa inédita realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) revelou que 92% das empresas baianas consideram a cultura um fator estratégico para o desenvolvimento social e econômico do estado. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (30), indica que o investimento em atividades culturais e criativas é visto não apenas como ação de responsabilidade social, mas também como ferramenta de inovação, inclusão e fortalecimento de identidade regional.


O estudo foi conduzido pelo Observatório da Indústria, que entrevistou mais de 400 gestores de diferentes segmentos produtivos da Bahia. Entre os resultados, destaca-se que 65% das indústrias afirmam apoiar direta ou indiretamente iniciativas culturais, por meio de patrocínios, editais de incentivo fiscal ou parcerias com instituições públicas e privadas. A pesquisa também aponta um crescimento de 18% no apoio a projetos culturais nos últimos dois anos, impulsionado por políticas como a Lei Rouanet e os Fundos Estaduais de Cultura.


De acordo com o superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, o resultado demonstra que o setor produtivo compreende cada vez mais o papel transformador da cultura. “A cultura é um vetor de desenvolvimento humano e social. Ela melhora o ambiente de trabalho, promove senso de pertencimento e estimula a criatividade. Empresas que investem em cultura fortalecem não apenas a comunidade, mas também sua própria competitividade”, destacou.


O levantamento também avaliou o impacto das atividades culturais na educação e no bem-estar dos trabalhadores, mostrando que 74% das empresas que promovem ações culturais internas como apresentações artísticas, oficinas e exposições registram melhora no clima organizacional e redução no absenteísmo. O estudo evidencia, ainda, que empresas com programas culturais contínuos têm maior engajamento entre funcionários e melhor reputação social.


Entre os setores mais engajados, estão as indústrias de alimentos, automotivas e químicas, que vêm ampliando o uso da cultura como ferramenta de responsabilidade social corporativa. O SESI Bahia, por sua vez, reforçou o compromisso de fortalecer a conexão entre indústria e economia criativa, lançando novos programas de fomento e capacitação para gestores culturais. A proposta é incentivar a criação de redes locais de produção artística e a circulação de obras em municípios do interior do estado.


A pesquisa consolida a visão de que cultura e economia estão profundamente interligadas. Ao compreender a cultura como investimento e não apenas custo, a indústria baiana reafirma o papel da Bahia como um dos maiores polos criativos do país. O SESI Bahia planeja repetir o estudo anualmente para acompanhar a evolução desse cenário e ampliar o debate sobre a integração entre produção, arte e desenvolvimento social sustentável.


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