Geração Z pressiona empresas por liderança conectada e aprendizado ágil, aponta estudo da Randstad
- Fernando Junior
- 1 de nov.
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A relação entre pessoas, empresas e tecnologia está passando por uma transformação sem precedentes, impulsionada pela ascensão da Geração Z e pela consolidação da inteligência artificial no mercado de trabalho. É o que revela o estudo Workpulse 2025, realizado pela Randstad, líder global em soluções de RH. A pesquisa analisa o futuro do trabalho sob a ótica de talentos, lideranças e marcas empregadoras, apontando que as estruturas tradicionais estão dando lugar a redes dinâmicas e conectadas.
Segundo o relatório, o trabalho deixou de ser um organograma fixo e passou a se comportar como um organismo vivo, baseado em conexões humanas, recombinação de habilidades e uso estratégico da tecnologia. Entre os principais vetores de mudança identificados estão a geração do agora (Geração Z), a pixelização do trabalho e a nova liderança — marcada pela atuação colaborativa e pela eliminação de barreiras hierárquicas.
A pesquisa mostra que 79% dos jovens afirmam aprender novas habilidades rapidamente, 55% já utilizam inteligência artificial em suas funções, e 44% dizem que o trabalho atual não corresponde à carreira dos sonhos. Essa nova dinâmica força as empresas a adotarem trajetórias profissionais mais flexíveis e baseadas em aprendizado contínuo. Além disso, 83% dos líderes já migram para modelos baseados em competências (skills), 87% priorizam agilidade, e 46% valorizam estruturas organizacionais mais fluidas.
Para Diogo Forghieri, diretor de negócios da Randstad Enterprise, “o trabalho mudou de natureza — não se sustenta mais em estruturas rígidas, mas em redes vivas que exigem velocidade, coerência e protagonismo humano”. No contexto do Workpulse 2025, o papel da liderança deixa de ser centralizador e passa a ser conector, integrando pessoas, tecnologia e propósito.
Os dados também revelam que apenas 36% das empresas possuem programas adequados de formação de líderes, enquanto 83% dos gestores acreditam que a IA pode tornar processos mais justos. Mesmo com as transformações, 69% dos brasileiros se dizem motivados, embora o engajamento entre os jovens ainda seja menor. O relatório destaca que o futuro do trabalho depende menos de estabilidade e mais da capacidade de recompor, aprender e se conectar.





