Feira Saúde Mais Perto, com a presença de Jerônimo, supera três mil atendimentos durante a 2ª Marcha Quilombola em Vitória da Conquista
- Fernando Junior
- 29 de nov.
- 2 min de leitura
Durante a 2ª Marcha Quilombola, realizada pelo Instituto Quilombola do Território Sudoeste em Vitória da Conquista, a Feira Saúde Mais Perto registrou mais de três mil atendimentos em apenas dois dias. Integrada ao conjunto de ações do Novembro Negro na Bahia, a iniciativa reforçou o compromisso do Estado com a ampliação de direitos e o cuidado especializado para populações historicamente vulnerabilizadas. O governador Jerônimo Rodrigues esteve no local e acompanhou os serviços ofertados.
O gestor destacou que o mês de novembro simboliza um período de reflexão sobre a dívida histórica do país com o povo preto e a necessidade de políticas contínuas de reparação e igualdade. A presença da feira durante a marcha reforça esse propósito ao garantir acesso facilitado à saúde para comunidades que enfrentam obstáculos para realizar exames e consultas.
Moradores dos territórios atendidos também ressaltaram o impacto da ação. Marcos André Ferreira, servente hospitalar do Quilombo Lagoa de Vitorino, afirmou que a estrutura itinerante reduz a sobrecarga dos serviços urbanos e aproxima os atendimentos de quem tem dificuldade de deslocamento. Para ele, a iniciativa representa um avanço real na oferta de cuidados essenciais.
A programação segue até sábado, com a distribuição de mais duas mil pulseiras para exames de sangue, ultrassom, eletrocardiograma e atendimento odontológico. Embora aberta ao público, a ação prioriza população negra, quilombola e indígena. A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destacou que a estratégia busca levar serviços preventivos a comunidades ribeirinhas, rurais e municípios com baixa cobertura assistencial, alcançando mais de 150 cidades desde 2023.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, reforçou que a feira representa o reconhecimento da luta histórica de organizações negras e de direitos humanos, além de atender demandas específicas das comunidades rurais quilombolas, fundamentais para o desenvolvimento regional.
