Dia da Cultura: em novembro, Salvador prova que o baiano tem o molho
- edufribeiro07
- 6 de nov.
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Novembro é o mês em que Salvador reafirma sua essência criativa e mostra por que é considerada o coração da cultura brasileira. Com a celebração do Dia Nacional da Cultura, neste 5 de novembro, a capital baiana recebe uma agenda vibrante de shows, exposições, debates e homenagens, destacando o talento e a pluralidade de artistas locais. O calendário, que se estende por todo o mês, reforça a identidade afro-baiana e a potência das expressões culturais que fazem da cidade um polo vivo de arte e resistência.
A Fundação Gregório de Mattos (FGM) e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) anunciaram uma programação que envolve mais de 40 eventos espalhados pelos bairros históricos, incluindo apresentações no Pelourinho, feiras culturais e mostras de cinema local. O destaque é a 10ª edição do Prêmio Caymmi de Música, que volta a homenagear artistas baianos independentes e celebrar a nova geração da música soteropolitana.
Além dos palcos, o mês também reserva espaço para a reflexão e o diálogo. Exposições no MAM-BA e no Museu Afro-Brasileiro abordam temas como ancestralidade, identidade negra e arte urbana. No Teatro Gregório de Mattos, o espetáculo “A Cor do Som” traz um mergulho na musicalidade afro-brasileira e na história dos blocos afro, enquanto oficinas de dança, capoeira e grafite promovem a interação entre público e artistas.
A data é uma homenagem a Rui Barbosa, nascido em 5 de novembro de 1849, símbolo do pensamento livre e da valorização do conhecimento. Para a secretária de Cultura e Turismo, Taís Rabelo, o Dia da Cultura é um lembrete do papel transformador da arte na sociedade. “A cultura é o que nos conecta à nossa origem e projeta o que podemos ser. Salvador é esse território pulsante, onde cada esquina respira história e criatividade”, destacou.
O mês também marca a integração de eventos do Novembro Salvador Capital Afro, com ações conjuntas entre artistas, instituições e coletivos culturais, reforçando a interseção entre cultura, economia criativa e turismo. A expectativa da Secult é que mais de 60 mil pessoas participem das atividades programadas até o final do mês.
Salvador segue provando que “o baiano tem o molho”: mistura de ritmo, poesia e resistência que move gerações e inspira o Brasil. Em cada canto da cidade, a cultura se renova seja nas ladeiras do Pelourinho, nos tambores do Ilê Aiyê ou nas exposições contemporâneas que mostram o futuro criativo de uma capital que não para de pulsar.





