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COP30: Ervas de Belém traduzem a ancestralidade da Amazônia

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Com a chegada da 30.ª edição da COP30 em Belém (PA), a capital paraense ganha ainda mais visibilidade como palco global das mudanças climáticas e revela um outro protagonista: o saber tradicional das “erveiras” do mercado do Ver‑o‑Peso. São mulheres que mantêm viva a cultura amazônica, trabalhando com essências, banhos, óleos e plantas nativas da floresta que carregam séculos de transmissão oral.


Neste evento internacional, as ervas de Belém ganham simbolismo: não apenas como produto, mas como expressão de ancestralidade e resistência dos povos amazônicos. Guiadas por gerações de saberes, as erveiras traduzem a Amazônia que vive, respira e cura e agora ganham uma vitrine global com delegações, imprensa internacional e ativistas ambientais presentes na COP30.


Os corredores perfumados e vibrantes do Ver-o-Peso refletem essa tradição: essências que evocam a floresta, mistura de aromas, cores e ritualidades que muitas vezes vêm direto das comunidades ribeirinhas e indígenas. A observadora da cena, jornalista local, descreve: “Perto dali, os corredores perfumados reúnem as erveiras da Amazônia, guardiãs de um conhecimento passado de geração em geração”.


Para além do chamativo dos aromas, é uma oportunidade para articular cultura, economia e sustentabilidade: as vendas de produtos feitos com plantas amazônicas passam por novos canais, o turismo de conhecimento floresce e iniciativas de valorização do patrimônio imaterial ganham força. A COP30 torna-se também palco de difusão desse patrimônio vivo.


Especialistas apontam esse momento como importante para a economia regional da Amazônia. Valorizar os saberes tradicionais como os das erveiras contribui para a conservação da floresta, geração de renda e resistência cultural frente a modelos extrativistas. A ancestralidade, nesse cenário, é matéria de debate no futuro do planeta.


A presença dessas mulheres e suas ervas na COP30 mostra que a Amazônia não está apenas sob ameaça ela também tem conteúdo, conhecimento e protagonismo. No fim das contas, em Belém, entre política, floresta e cultura, cada folha acima de uma mesa no Ver-o-Peso traduz uma história que vai além da ciência: é memória, natureza e transformação.

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