Cirurgia robótica revoluciona tratamento de tumores urológicos
- Gabriele Galvão
- há 2 dias
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Precisão, menor agressividade e recuperação rápida consolidam a cirurgia robótica no Brasil. A técnica vem transformando a forma de tratar os tumores urológicos, que incluem próstata, bexiga e rins, garantindo maior precisão durante os procedimentos, menor sangramento, menos dor e uma recuperação acelerada, permitindo que pacientes retornem mais rápido às suas atividades. No Brasil, o número de plataformas robóticas praticamente quadruplicou nos últimos anos, passando de 51 em 2018 para cerca de 200 em 2025.
Esses diferenciais estarão em evidência nos dias 3 e 4 de outubro, quando Salvador sediará o VII Simpósio de Uro-Oncologia da Bahia, no Wish Hotel da Bahia. Organizado pelo Grupo de Uro-Oncologia da Bahia (GRUOBA), o encontro reunirá especialistas de várias áreas e terá como destaque quatro cirurgias robóticas (prostatectomias e nefrectomias) transmitidas ao vivo, diretamente do Hospital Aliança Star, da Rede D’Or. Além das transmissões, o simpósio contará com módulos sobre câncer de próstata, rim e bexiga, discussões sobre oncogenética e a jornada do paciente, além de simpósios satélites e entrevistas em estúdio com especialistas. As inscrições estão disponíveis no site www.abmeducacaopermanente.org.br/eventos.
O Ministério da Saúde estima 71,7 mil novos casos de câncer de próstata por ano no triênio 2023-2025, o que corresponde a quase um terço de todos os tumores masculinos, desconsiderando os de pele não melanoma. O câncer de bexiga soma 11,3 mil diagnósticos anuais, enquanto o câncer renal atinge de sete a dez casos por 100 mil habitantes ao ano. Para o urologista Augusto Modesto, os resultados explicam a rápida expansão da tecnologia. “A cirurgia robótica nos permite remover tumores com segurança e preservar estruturas fundamentais, como nervos e vasos, o que impacta diretamente na qualidade de vida dos pacientes”, destaca.
Já o urologista Breno Dauster, também cirurgião robótico, enfatiza que os ganhos vão além da precisão. “O uso da robótica reduz complicações, diminui o tempo de internação e acelera a recuperação. Isso significa menos impacto físico e emocional para o paciente e sua família”, afirma. Segundo o oncologista clínico Thiago Martins, a diferença na recuperação dos pacientes operados com auxílio do robô é nítida. “Antes, passavam um período prolongado de recuperação, e hoje chegam rapidamente a sua condição pré-cirurgia”, ressalta.