Billie Eilish revela que quase retirou “Birds of a Feather” do álbum
- Cauã Costa
- 21 de nov.
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A faísca de "birds of a feather" quase não chegou até nós da forma que conhecemos hoje: Billie revelou que, nas primeiras versões da música, ela achava a letra excessivamente otimista demais, distante do clima mais íntimo e sombrio de seus trabalhos anteriores. Ela considerava a canção “meio idiota” — algo que muitos fãs achariam impensável para uma música tão popular —, mas decidiu persistir.
O processo de elaboração da faixa durou quase um ano. Durante esse tempo, Billie e seu irmão e co-produtor Finneas revisaram arranjos, harmonias e até parte da letra para encontrar um equilíbrio entre o otimismo e o lado emocional. Eles trabalharam para manter a poesia da música sem torná-la superficial: o objetivo era algo que falasse tanto de conexão quanto de vulnerabilidade.
Uma parte crítica do trabalho incluiu a criação de uma base instrumental que não fosse completamente alegre, mas que tivesse sutilezas melancólicas. Instrumentos como sintetizadores suaves, pads levemente escuros, e vozes sobrepostas cuidadosamente foram usados para criar uma textura rica, que apoiasse a mensagem da letra de forma emocional, mas não rasa.
Quando a versão final foi submetida, houve um momento de tensão: a gravadora e parte da equipe criativa estavam divididos entre mantê-la no álbum ou descartá-la. Como a música finalmente fez parte do álbum, ela acabou ganhando destaque, alcançando popularidade e sendo reconhecida como uma das mais complexas do disco — justamente porque mistura luz e sombra em sua melodia e letra.
Para Billie, esse episódio é simbólico: representa sua evolução artística, sua vulnerabilidade, e a coragem de colocar algo que pode soar “feliz demais” em um contexto de introspecção. Muitos fãs veem “birds of a feather” como uma das faixas mais sinceras da carreira dela, justamente por esse processo de criação difícil e por quase não ter sido incluída.





