Atividade econômica do Brasil cai em julho e reforça sinais de desaquecimento
- edufribeiro07
- 15 de set.
- 1 min de leitura

Em julho de 2025, o Brasil registrou uma queda de 0,5% no índice IBC-Br, proxy mensal do PIB, segundo dados do Banco Central. Esse recuo superou as estimativas do mercado que previam uma contração de cerca de 0,2%. É o terceiro mês consecutivo de queda, sinalizando que o ritmo de atividade econômica já enfrenta obstáculos persistentes, especialmente com custos de crédito elevados.
Todos os setores contribuíram negativamente. Indústria sentiu impacto de custos altos e demanda interna enfraquecida; serviços sofrem com retração de consumo. Agropecuária, embora com variações regionais, também recuou – algumas regiões registraram perdas por condições climáticas adversas.
Na comparação anual, porém, há crescimento: os dados não dessazonalizados apontam alta de 3,5% em relação a julho de 2024. Isso indica que, apesar do ritmo mensal negativo, existe base de crescimento sendo mantida.
A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano, seu patamar mais alto em quase duas décadas. A política monetária ainda é vista como garrote necessário para controlar a inflação que continua acima da meta.
O governo já revisou sua previsão de crescimento do PIB para 2025, de 2,5% para 2,3%, refletindo esses sinais de desaquecimento.
Especialistas alertam que esse cenário pode pressionar ainda mais certos setores: varejo, construção civil e empresas que dependem fortemente de crédito. A inflação de custo (insumos, energia) também pressiona margens.
Para reverter ou ao menos estabilizar essa tendência, os economistas veem como essenciais medidas de estímulo focalizado, cortes de custos logísticos, menor burocracia para investimento privado, e melhor previsibilidade regulatória.





