Apple anuncia investimento de US$ 600 bilhões para reforçar produção nos EUA e reduzir dependência da China

A Apple fez um anúncio bombástico: planeja investir US$ 600 bilhões ao longo da próxima década para ampliar a produção doméstica nos Estados Unidos. O movimento visa reforçar a segurança da cadeia de suprimentos, reduzir riscos geopolíticos e se aproximar do consumidor norte-americano.

Parte do investimento será direcionada para montagem, componentes e centros de pesquisa e desenvolvimento nos EUA. A ideia é que novas plantas fabris possam absorver parte da produção hoje concentrada na Ásia.

Há previsão também de estímulos fiscais e parcerias com estados americanos para viabilizar infraestrutura de energia limpa, logística e incentivos locais. A Apple pretende que essa estratégia seja um diferencial competitivo em estabilidade e imagem corporativa.

Especialistas destacam que isso também pode influenciar a cadeia global: fornecedores que já atuam com Apple na Ásia terão que reavaliar logística, custos de transporte e competição entre regiões.

Ao mesmo tempo, o desafio é grande: mão de obra, custo energético e escala são barreiras nos EUA. Concorrer com estruturas asiáticas tradicionais exige eficiência e inovação.

Se der certo para a Apple, pode marcar tendência de realocação industrial no setor tech global, com efeito cascata para fornecedores e outras gigantes do ramo.