Abrangência da IA atinge 9 milhões de empresas no Brasil em 2025

Um estudo recente apresentado no AWS Summit São Paulo confirma que a inteligência artificial (IA) está se tornando bastante presente no ambiente empresarial brasileiro. Estima-se que 9 milhões de empresas cerca de 40% do total empresarial do país já utilizam IA de forma sistemática em suas operações.

Esse salto representa um crescimento de quase 30% em comparação ao ano anterior. Muitas organizações estão adotando IA para automação de processos repetitivos, análises preditivas, manutenção preventiva, atendimento ao cliente (chatbots) e otimização logística.

Os que adotaram a IA reportam ganhos de produtividade médios de mais de 30%, segundo dados do estudo. Além disso, 95% deles afirmam que a tecnologia ajudou a aumentar receita, evidenciando que os benefícios vão além da eficiência interna.

Apesar dos resultados promissores, há desafios claros: escassez de profissionais com habilidades de IA, necessidade de infraestrutura confiável, custos de entrada e adaptação cultural dentro das empresas. Pequenas e médias empresas particularmente enfrentam barreiras maiores.

Outro ponto levantado é a segurança de dados e privacidade. Com o uso mais intenso de IA, surgem riscos relacionados a vazamentos, uso indevido de informações sensíveis e compliance com leis como a LGPD. Muitas empresas reconhecem a necessidade de governance em IA auditorias, transparência e controle humano das decisões automatizadas.

Além disso, o retorno sobre o investimento (ROI) varia bastante. Setores mais maduros digitalmente tiram vantagem mais rápida, enquanto outros que dependem fortemente de processos manuais e baixa digitalização enfrentam curva maior de adaptação.

O estudo aponta também que há regiões do país menos impactadas até agora, especialmente no Norte e Nordeste, onde infraestruturas de internet instáveis e menor oferta de profissionais especializados freiam adoção mais uniforme.

Com a adoção de IA crescendo, espera-se que empresas que ainda não integrem a tecnologia comecem a sentir pressão competitiva, o que pode acelerar ainda mais o processo de digitalização nos próximos 12-24 meses.