Turnê celebra samba ancestral com shows e oficinas na Bahia
- Gabriele Galvão
- 6 de ago.
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Salvador, Feira de Santana e Lauro de Freitas recebem a turnê De Umbigo a Umbigo, entre os dias 14 e 17 de agosto. O espetáculo musical da banda feminina Yayá Massemba que celebra o samba ancestral e a força das mulheres na cultura popular baiana terá programação gratuita incluindo apresentações musicais e oficinas práticas sobre o samba de roda, patrimônio imaterial afro-brasileiro nascido no Recôncavo Baiano.
Em Feira de Santana (14/08) e Lauro de Freitas (15/08), o grupo convida a Mestra Joseane, sambadeira e referência na tradição do samba chula, para participar dos shows. Em Salvador (17/08), a turnê se encerra com a presença da cantora e dançarina Verônica Mucuna, artista múltipla que incorpora dança afro e fundamentos do candomblé em suas performances. O projeto da turnê De Umbigo a Umbigo foi contemplado pelos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia, com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, via PNAB, com recursos do Ministério da Cultura – Governo Federal.
A Yayá Massemba é formada por Aline Silveira (percussão e voz), Ana Tomich (violão e voz), Edy Albuquerque (percussão), Ive Farias (voz e surdo), Keilla Calmon (pandeiro) e Priscilla Oliveira (cavaquinho e voz) e com uma sonoridade marcada pelo samba de roda do Recôncavo, o grupo une elementos da capoeira, do candomblé e de outras tradições afro-brasileiras, valorizando o protagonismo feminino na música e na preservação cultural. O nome do espetáculo reforça esse elo com a ancestralidade: “Umbigo a Umbigo” faz referência à umbigada, gesto simbólico de continuidade entre gerações, enquanto “Yayá”, do Yorubá, significa “mãe”, e “Massemba”, do Kimbundu, é sinônimo de conexão e movimento coletivo. Além de músicas autorais, o show apresenta releituras do samba tradicional, intercaladas por poesia e dança.
Paralelamente aos shows, a Yayá Massemba realiza a oficina “Mulheres na Roda: raízes do samba da Bahia”, aberta a todos os públicos. A atividade propõe uma vivência prática que articula música, dança e escuta coletiva, abordando fundamentos do samba de roda, como cantos responsoriais, ritmos percussivos e o papel das mulheres na preservação dessa expressão cultural. A metodologia valoriza o corpo como instrumento de aprendizado e celebração, promovendo um espaço de troca e valorização da memória afro-brasileira.