Turismo gastronômico brasileiro cresce e Brasil é apontado como destino ideal para “foodies”

Estudos recentes no setor de turismo apontam forte crescimento no segmento de turismo gastronômico no Brasil. O país, por sua diversidade de ingredientes, ecossistemas e cultura alimentar, vem sendo classificado como um dos destinos ideais para amantes da gastronomia. A consolidação dessa tendência traz oportunidades e desafios para atores locais.

O apelo está no “viajar para comer bem”: roteiros que combinam vivência local, mercados, produtores, aulas de comida regional e hospedagens temáticas ganham destaque. Viagens que antes valorizavam paisagens passam a incluir narrativas alimentares conhecer o sertão, comer o fruto da caatinga ou aprender sobre pesca artesanal se torna parte da viagem.

Operadoras de turismo relataram aumento de demanda por pacotes gastronômicos de 20% em relação ao ano anterior. Cidades do Nordeste, Sul e regiões serranas criaram rotas gastronômicas oficiais, promovendo festivais e feiras locais. Esse movimento incentiva restaurantes, produtores rurais e guias a profissionalizar oferta.

No entanto, a expansão ainda esbarra em infraestrutura: estradas precárias, oferta limitada de voos regionais e serviços de hospedagem condizente com perfil turista gastronômico. Pequenos produtores relatam dificuldade de escalar produção para atender demanda pontual sem perder identidade.

Para que o Brasil aproveite esse momento, entes públicos e privados precisam articular agenda conjunta: apoio à infraestrutura, capacitação em hospitalidade, marketing territorial e promoção internacional. Turismo e gastronomia juntos têm potencial de transformar regiões menos exploradas.

Se os gargalos forem superados, o Brasil poderá figurar entre destinos preferidos de viajantes que buscam experiências autênticas e não apenas turismo de sol e praia.