Turismo ancestral cresce na costa brasileira com protagonismo indígena e afrodescendente
- edufribeiro07
- 29 de set.
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Na costa brasileira, vem ganhando força uma modalidade que une cultura, ancestralidade e hospitalidade: o turismo ancestral. Comunidades indígenas e afrodescendentes em locais como Paraty (RJ) e Ubatuba (SP) estão desenvolvendo roteiros narrados por suas próprias vozes, valorizando saberes, histórias e territórios.
A Rede Nhandereko, por exemplo, capacita lideranças tradicionais para conduzir trilhas culturais, vivenciar práticas agrícolas ancestrais, compartilhar rituais, música e artesanato local. O objetivo é que o turismo não seja imposto, mas gerido pelas próprias comunidades.
Essa abordagem busca romper com o turismo convencional, que muitas vezes explora sem respeitar identidade e memória. Com o protagonismo local, a narrativa é autêntica, e a experiência do visitante se enriquece com vivências únicas e sentido territorial.
Desafios são reais: infraestrutura precária, visibilidade reduzida, dependência de intermediários e custos iniciais de estruturação. Para que o turismo ancestral floresça, apoio institucional, marketing consciente e investimento local são fundamentais.
Quando bem feito, esse turismo pode gerar renda sustentável, fortalecer autoestima comunitária e preservar saberes culturais. É uma alternativa de turismo que dialoga com sustentabilidade, respeito e descentralização.
Se outras regiões adotarem modelo semelhante, teremos uma nova face do turismo brasileiro: menos voltada ao espetáculo e mais à imersão cultural viva.





