SEI aponta persistentes desigualdades raciais na Bahia em análise deste Novembro Negro
- Fernando Junior
- 20 de nov.
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A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou uma análise detalhada da desigualdade racial no Estado, usando como fonte a pesquisa PNADC/IBGE 2024. O estudo foi publicado no contexto das ações do Mês da Consciência Negra, com o objetivo de expor desafios estruturais persistentes.
Segundo os dados, a Bahia se destaca por ter uma das maiores proporções de população negra no país: 80,7% dos baianos se autodeclaram pretos ou pardos, e 24,4% da população é formada por pessoas pretas — o maior percentual entre os estados brasileiros.
A análise revela discrepâncias marcantes na educação: apenas 11,1% dos negros baianos com 16 anos ou mais completaram 16 anos de estudo, enquanto 20,3% dos brancos alcançaram esse patamar. Além disso, a taxa de analfabetismo é maior entre negros (9,8%) comparada à de brancos (8,7%).
No mercado de trabalho, os contrastes também são acentuados: os negros representam 81,9% da força de trabalho, mas são maioria entre os desempregados, desalentados e nas posições informais. A taxa de desocupação para pessoas negras é de 11,1%, maior que a dos brancos (9,5%).
Outra dimensão reveladora: a renda. Trabalhadores brancos ganham, em média, 52,3% a mais do que os negros na Bahia. Bahia Quando se considera gênero, mulheres negras têm taxas ainda mais altas de desemprego: 14,6% segundo a SEI.
A SEI afirma que, apesar de alguns avanços sociais, as desigualdades raciais continuam profundamente estruturais no estado, e reforça a necessidade de políticas públicas sustentadas para promover a equidade.





