Polícia identifica suspeito de roubo de obras de arte na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo
- edufribeiro07
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A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (8) a identificação de um dos suspeitos envolvidos no roubo de obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade (BMA), ocorrido no domingo, após o encerramento de uma exposição com gravuras de artistas renomados. A ação criminosa resultou no furto de 13 peças — 8 gravuras do francês Henri Matisse e 5 do brasileiro Cândido Portinari — que integravam a mostra “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”.
Segundo a investigação, o crime foi cometido por dois homens armados, que renderam vigilantes e visitantes presentes na biblioteca. As obras foram colocadas em uma sacola de lona e os suspeitos fugiram pela saída principal. Câmeras do sistema de vigilância da cidade — o Smart Sampa — registraram a movimentação dos criminosos, o que permitiu à polícia identificar pelo menos um dos envolvidos. Além disso, o veículo usado para a fuga foi localizado e apreendido, e encaminhado para perícia técnica.
Apesar da identificação, os nomes não foram divulgados oficialmente, para não comprometer as investigações. A corporação informou que as buscas continuam para capturar o segundo suspeito e recuperar as obras. A exposição tinha terminado naquele domingo (7), o que reforça que o crime foi planejado e executado no fechamento da mostra.
As autoridades também tomaram providências para evitar que as peças sejam levadas para fora do Brasil. A Prefeitura de São Paulo comunicou o caso à Interpol, por meio da Polícia Federal (PF), solicitando apoio na tentativa de rastrear e recuperar os objetos valiosos — que têm importância significativa para o patrimônio cultural.
A repercussão é grande entre instituições culturais e na sociedade: as gravuras de Matisse e Portinari são consideradas acervos de valor artístico e patrimonial, e o furto representa não apenas uma perda de bens materiais, mas de memória e história. A expectativa agora é de que as investigações avancem rapidamente e que as obras sejam recuperadas antes que saiam do país ou caiam no mercado ilegal de arte.
O caso reacende alertas sobre segurança, preservação de patrimônio cultural e vulnerabilidade de instituições históricas — mesmo em centros urbanos como São Paulo, com sistema de vigilância e protocolos de segurança. A comunidade cultural espera que esse episódio leve a um reforço nos mecanismos de proteção às obras expostas, para evitar novos roubos e garantir a salvaguarda da arte nacional e internacional.


