Orí e Megiro: novas casas intensificam identidade baiana contemporânea na gastronomia
- edufribeiro07
- 19 de set.
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O restaurante Orí, em Salvador, continua fazendo barulho e por boas razões. A casa dos chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, que já estava consolidada com o Origem, expandiu sua proposta com pratos que misturam elementos tradicionais baianos com técnicas contemporâneas.
Entre os destaques do cardápio estão o risole de camarão de dona Elisa (mãe do chef) e o malassado, adaptado, e também pratos como o ravióli de vatapá com molho de moqueca, farofa de licuri, camarão grelhado e maturi.
Além disso, no Megiro Boteco, outra casa da dupla, a proposta remete aos pratos servidos em bares baianos de décadas atrás, trazendo versões autorais para quitutes populares como bolinho de baião de dois, feijoada e bolinho de camarão.
O uso de ingredientes locais, como licuri, mandioca, dendê e frutos do mar, aparece bastante mais do que como mera referência, como parte vital da experiência culinária, tanto no sabor quanto na identidade visual e de histórias do lugar.
Essa aposta de revalorização local se encaixa numa tendência maior observada no Brasil: chefs e restaurantes explorando ingredientes regionais e técnicas tradicionais combinadas com inovação.
Salvador tem se destacado nesse movimento o público está mais exigente, buscando não apenas o sabor, mas o contexto cultural do prato: saber quem produziu, de onde vem, que técnicas foram usadas. Pratos autorais com raiz local ganham espaço tanto em mídia quanto em premiações.
Por outro lado, o desafio é manter um equilíbrio entre inovação e acessibilidade: preços, logística de ingredientes, sazonalidade, tudo isso pesa no custo. Restaurantes que combinam essas duas vertentes bem tendem a se destacar.
Tudo indica que a cena gastronômica baiana vai continuar crescendo nessa direção: identidade local + criatividade. Para os clientes, significa mais experiências que contam história, não só sabor.





