Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para aumento expressivo de casos de câncer até 2050
- edufribeiro07
- há 6 dias
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A OMS por meio da International Agency for Research on Cancer (IARC) divulgou projeções alarmantes: o número de novos diagnósticos de câncer no mundo deve saltar de cerca de 20 milhões em 2022 para 35,3 milhões em 2050, um aumento estimado em 77%.
Esse crescimento decorre de fatores como envelhecimento e aumento da população global, mudanças no estilo de vida e exposição crescente a riscos ambientais, entre eles tabagismo, consumo de álcool, obesidade e poluição do ar.
Impactos previstos e desigualdades
A expansão da carga de câncer será sentida de forma desigual. Países de baixa e média renda — que muitas vezes já enfrentam dificuldades estruturais em saúde devem sofrer os maiores impactos proporcionais, com aumentos de até 142% nos casos em algumas regiões.
Mesmo em nações com maior desenvolvimento, a carga absoluta de novos casos será alta: estima-se acréscimo de cerca de 4,8 milhões de novos diagnósticos em 2050, comparado aos números de 2022.
Principais fatores de risco
Segundo o relatório da OMS/IARC, os fatores que mais contribuem para o aumento da incidência de câncer incluem:
Tabagismo
Consumo de álcool
Sobrepeso e obesidade
Poluição do ar e exposição a agentes ambientais e químicos
Esses riscos, combinados à mudança demográfica, explicam a tendência ascendente da doença.
Consequências para saúde pública
O aumento expressivo da incidência demanda reforço massivo nas políticas de prevenção, diagnóstico precoce e acesso universal a tratamento oncológico. Autoridades sanitárias alertam que, sem intervenções urgentes, muitos países especialmente os mais vulneráveis não conseguirão lidar com a demanda crescente, o que agravará desigualdades e poderá elevar a mortalidade evitável.
Além disso, a carga econômica e social do câncer tende a se expandir rapidamente, pressionando sistemas de saúde, infraestrutura hospitalar e redes de cuidado um alerta para planejamento estratégico em nível global e local.
O que pode ser feito prevenção e ação coletiva
Diante desse cenário, especialistas apontam uma combinação de medidas como essenciais para mitigar o impacto:
Políticas públicas de prevenção (controle de tabagismo e álcool, combate à obesidade, redução da poluição e regulação de carcinógenos)
Expansão do acesso universal e equitativo a exames de rastreamento e diagnóstico precoce
Fortalecimento dos sistemas públicos de saúde e da atenção primária, para permitir detecção e encaminhamento rápidos
Investimento em tratamento acessível, inclusive em regiões mais pobres, para evitar desigualdades
Educação em saúde, promoção de estilos de vida saudáveis, alimentação equilibrada, atividade física e redução de riscos





