Organismos de saúde pedem ação global urgente contra hemorragia pós-parto, principal causa de morte materna

Agências internacionais reunidas entre elas a OMS (Organização Mundial da Saúde), FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) e ICM (Federação Internacional de Parteiras) lançaram hoje um apelo forte: é hora de intensificar prevenção, diagnóstico e tratamento de hemorragias pós-parto, que continuam sendo a principal causa de morte materna no mundo. A declaração conjunta ressalta que muitas dessas mortes são evitáveis com intervenções simples, se aplicadas a tempo e com protocolo adequado.

Segundo os organismos, em muitos países de baixa e média renda as mulheres sofrem com falta de recursos básicos equipamentos, medicamentos uterotônicos, equipes treinadas, o que eleva o risco dessa complicação. Mesmo em locais com melhores condições, atrasos no reconhecimento do sangramento ou na logística de atendimento podem ser fatais.

Uma das medidas centrais recomendadas inclui reforço no monitoramento durante o parto e nas primeiras horas após o nascimento, com treinamento de equipes para agir rapidamente. Também destacam a importância de medidas preventivas em gestantes de risco elevado por exemplo, aquelas com anemia, parto prolongado ou múltiplas gestações.

Além disso, enfatizam que os sistemas de saúde devem garantir acesso rápido a unidades com capacidade de transfusão sanguínea, cirurgia e suporte intensivo, sobretudo em regiões mais remotas.

O alerta vem num momento em que os números de mortalidade materna global voltam a preocupar, com retrocessos em alguns países após os impactos da pandemia.

Se as recomendações forem adotadas com vigor pelos governos e redes de saúde, é possível reduzir consideravelmente as mortes por hemorragia pós-parto e garantir um parto mais seguro para milhões de mulheres.