Médico investigado pela PF em “Operação Slim” por venda ilegal de canetas emagrecedoras com tirzepatida
- edufribeiro07
- 28 de nov.
- 2 min de leitura

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (27) a “Operação Slim”, destinada a desarticular uma rede que produzia, fracionava e vendia clandestinamente canetas e medicamentos à base de tirzepatida substância usada para tratamento de obesidade e diabetes. A ação incluiu 24 mandados de busca e apreensão em clínicas, laboratórios, residências e estabelecimentos comerciais nos estados de São Paulo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.
Entre os alvos da operação está o médico Gabriel Almeida, que possui consultórios em diferentes estados. Segundo as investigações, as substâncias eram manipuladas ou produzidas fora de padrões sanitários, sem controle de qualidade, rastreabilidade ou esterilidade, e posteriormente vendidas por meio de plataformas digitais. A PF aponta que o grupo montou estrutura de fabricação em escala, operação proibida pela legislação vigente.
O uso clandestino de tirzepatida fora de redes reguladas representa risco significativo à saúde pública. A construção de medicamentos fora dos parâmetros sanitários pode gerar efeitos adversos, reações imprevisíveis e ausência de garantia quanto à segurança e eficácia dos fármacos. Especialistas alertam para o perigo do consumo desses produtos sem prescrição e sem fiscalização de autoridades regulatórias, como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A PF informou que, além da apreensão de medicamentos e insumos, foram confiscados bens de luxo incluindo veículos, relógios e até aeronaves atribuídos a integrantes do grupo investigado, evidenciando a dimensão financeira do suposto esquema ilícito.
Representantes da defesa do médico afirmaram que ele não manipula medicamentos e que sua atuação se restringe à prescrição e orientação clínica, com base científica. Segundo esse posicionamento, o alvo da investigação seria uma “questão jurídica relativa à patente e propriedade intelectual da tirzepatida”, e não uma acusação direta de falsificação ou adulteração.
O caso reforça a importância de atenção redobrada no uso de medicamentos para emagrecimento: a prescrição deve ser feita dentro dos marcos legais e sanitários, com acompanhamento médico e seguindo orientações de profissionais de saúde e nunca por meio de ofertas clandestinas. A divulgação e comercialização ilegal de fármacos representam risco à saúde e demandam vigilância de autoridades e consumidores.





