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Meta planeja cortar até 30% dos investimentos no metaverso em 2026

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A Meta enfrenta novamente pressão financeira e revê com ceticismo a aposta ambiciosa que fez ao renomear a empresa a partir da Facebook: o metaverso. Fontes internas relatam que a divisão responsável pelo esforço a Reality Labs poderá ter seu orçamento reduzido em até 30% já no próximo ano, como parte de um plano de corte de gastos mais amplo da companhia. A decisão reflete o reconhecimento de que os mundos virtuais e a realidade aumentada não tiveram a adoção esperada e deixaram de gerar o retorno financeiro projetado no início do investimento.


O impacto será sentido nas tecnologias e produtos relacionados ao metaverso: a unidade que cuida dos headsets de realidade virtual, como os da linha Quest, e da plataforma de mundos virtuais Horizon Worlds está entre as mais afetadas. Além da diminuição de recursos, há expectativa de demissões já a partir de janeiro de 2026, conforme estão sendo discutidos os cortes. Para muitos analistas, esse movimento representa um fim simbólico da era de gastos pesados em realidade virtual dentro da empresa.


A razão principal para esse recuo está nas perdas acumuladas: a Reality Labs teria consumido mais de US$ 60 bilhões desde 2020 sem conseguir converter o investimento em um sucesso comercial compatível. A frustração diante da baixa adoção de dispositivos de realidade virtual e da falta de um “metaverso de massa” força a Meta a reavaliar prioridades, canalizando recursos para áreas com maior potencial de retorno imediato.


Internamente, a mudança também sinaliza uma guinada estratégica: a empresa parece agora concentrar esforços na inteligência artificial e em hardware com maior adesão de mercado, abandonando parcialmente a visão de mundos virtuais imersivos. Essa transição decorre não só da frustração com os resultados, mas também de uma pressão por eficiência e resultados que convençam os investidores.


O mercado reagiu rapidamente: logo após a divulgação da notícia, as ações da Meta subiram cerca de 4% a 6%, um indício de que investidores veem os cortes como um ajuste necessário para conter os prejuízos e realinhar a empresa. A perspectiva de uma Meta mais enxuta e focada em negócios com retorno mais previsível agradou ao mercado.


Mesmo com os cortes, o destino dos projetos de metaverso da Meta ainda não está totalmente selado — a empresa pode manter partes da operação, mas o ritmo e o escopo devem ser drasticamente reduzidos. O que era tratado como o futuro da companhia parece agora estar sendo repensado: o metaverso deixa de ser prioridade absoluta e é relegado a segundo plano diante da urgência por resultados.


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