Mesa ao Vivo e Festival da Ostra impulsionam turismo gastronômico na Bahia
- edufribeiro07
- 15 de out.
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No último fim de semana, Salvador e municípios do Recôncavo sediaram a 10ª edição do Mesa ao Vivo e o Festival da Ostra, eventos que celebraram a diversidade culinária baiana e atraíram visitantes de vários estados. Na capital, o Mercado do Rio foi palco de oficinas, rodadas gastronômicas e performances culturais. No litoral, o festival focou no cultivo e no preparo de ostras locais, reunindo produtores, chefs e público geral. A expectativa dos organizadores era movimentar a economia local, gerar visibilidade para restaurantes menores e incentivar o turismo fora da alta temporada. Em entrevistas, chefs destacaram que o fortalecimento da cadeia (produção marinha, logística, artesanato local) é essencial para consolidar a região como destino gastronômico de referência. Com a retomada dos eventos presenciais pós-pandemia, o calendário gastronômico baiano tem ganhado espaço estratégico como motor de atração turística.
Além da programação culinária, houve workshops de harmonização e uso sustentável dos crustáceos, valorizando a cultura local e práticas mais ecológicas. O evento também integrou roteiros turísticos, incentivando turistas a conhecer ilhas, manguezais e comunidades próximas. Muitos participantes aproveitaram para experimentar outras iguarias baianas, como moquecas, acarajés e pratos de frutos do mar. Segundo atrativos culturais, música local e arte de raiz foram inseridos para tornar a experiência completa. A movimentação intensa de turistas fez com que hotéis da orla registrassem ocupação superior à média para o período.
Mesmo com bons resultados, desafios logísticos apareceram: transportes intermunicipais com pouca regularidade, falta de infraestrutura de saneamento em áreas mais remotas, além da dependência de insumos vindos de fora. Alguns produtores relatam dificuldades para expandir, seja por custos de embarque ou limitações na produção local. Os organizadores afirmam que os próximos passos incluem parcerias com universidades para capacitação e uso de tecnologia para controle de qualidade e rastreabilidade. Também foi discutida a necessidade de regulamentação para evitar excessos em regiões frágeis.
Turismo e gastronomia caminham juntos nesse tipo de iniciativa, e a Bahia vislumbra replicar o modelo para frutos costeiros como mariscos e mexilhões. Municípios interioranos planejam eventos em lagos e rios, com peixes nativos e pratos regionais. A ideia é diversificar o fluxo turístico, desconcentrando-o da capital e litoral urbano. Também há projetos em andamento de trilhas gastronômicas, conectando agricultura familiar à culinária local, com roteiros de imersão no campo.





