Mercosul fecha acordo de livre comércio com quatro países europeus fora da UE
- edufribeiro07
- 19 de set.
- 2 min de leitura

O bloco Mercosul formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai assinou um acordo de livre comércio com quatro países europeus não pertencentes à União Europeia: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. A cerimônia ocorreu no Rio de Janeiro, com líderes e negociadores dos países firmando pacto que abrange bens, serviços, investimento e propriedade intelectual.
O acordo prevê acesso mais amplo a mercados para exportações desses países europeus e para produtos do Mercosul, com expectativas de redução de tarifas para mais de 97% das exportações de ambos os lados. Para os consumidores, pode haver queda nos preços de produtos importados desses países como chocolates suíços ou carne sul-americana, devido à tarifação menor.
Do lado do Mercosul, há o potencial de crescimento em setores como agropecuária, pescado, têxtil e manufaturados leves. Produtos que hoje enfrentam altas tarifas ou burocracia aduaneira terão abertura de mercado.
Para os países europeus parceiros, o acesso ao mercado Mercosul também significa ofertas competitivas de produtos agrícolas, alimentos processados e bens industriais. A Suíça, por exemplo, estimou que economias de tarifas podem superar 155 milhões de francos suíços por ano.
Há desafios: homologação de produtos, barreiras sanitárias, defesa agropecuária, certificações ambientais, logística, transporte e políticas tarifárias regionais ainda poderão representar obstáculos para que o acordo funcione na prática.
Outro ponto é a ratificação: cada país precisa aprovar o tratado internamente, o que pode levar tempo legislativos, parlamentos, câmara de representantes etc. O efeito econômico real vai depender disso.
Especialistas avaliam que o acordo poderá ajudar a diversificar mercados, reduzir dependência de importações de insumos de regiões fora da Europa e aumentar competitividade de produtos regionais, caso haja investimento em infraestrutura e redução de custos logísticos.
Para consumidores na América do Sul, pode haver impacto direto no custo de bens importados queda de tarifas reduzindo preço final, mas produtos agrícolas podem sentir competição maior. Já para exportadores do Mercosul, é oportunidade de conquistar fatias maiores em mercados sofisticados europeus.





