Marisa Maiô: personagem de IA viraliza e abre debate sobre mídia sintética

Marisa Maiô, personagem fictícia criada por inteligência artificial, tornou-se fenômeno recente nas redes sociais brasileiras, viralizando de forma inédita e sendo contratada por marcas para campanhas publicitárias. A personagem foi idealizada pelo roteirista Raony Phillips e rapidamente ultrapassou milhões de visualizações.

O diferencial está no realismo: muitos usuários inicialmente acreditaram que ela existia como apresentadora real. Essa confusão gerou debates intensos sobre os limites da tecnologia, o uso de deepfakes, ética da IA e impactos na criação de conteúdo audiovisual. Marisa Maiô simboliza a fronteira entre o real e o fabricado no entretenimento digital.

Empresas como Magazine Luiza, OLX e inDrive já fecharam campanhas com a personagem, o que mostra que marcas apostam nos novos formatos midiáticos. Essa estratégia mostra que conteúdos gerados por IA podem deixar de ser experimento e virar produto comercial viável.

Por outro lado, críticos alertam que esse tipo de criação pode gerar desemprego em áreas criativas, diluir autoria e gerar confusão para consumidores sobre o que é real. Também levanta questões regulatórias: quem responde por falas, direitos autorais e riscos de manipulação?

No contexto de redes sociais inundadas de conteúdo, Marisa Maiô mostra como o entretenimento está sendo redesenhado. Sua ascensão pode antecipar uma nova era na cultura digital brasileira.