LEI do Brasil recua 0,9% em agosto e indica baixa nas expectativas empresariais
- edufribeiro07
- 19 de set.
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O Leading Economic Index (LEI) do Brasil, calculado em parceria entre a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Conference Board, registrou queda de 0,9% em agosto de 2025. Esse índice mede variáveis antecedentes à atividade econômica, como expectativas de consumo, confiança empresarial e indicadores de comércio e indústria.
Esse é o terceiro mês seguido de retração do LEI, indicando que o crescimento econômico pode vir a perder força nos próximos meses caso tendências negativas se consolidem.
Os componentes que mais pesaram no recuo foram expectativas de consumidores e de empresas, assim como os termos de troca (relação de preços entre exportações e importações), que foram afetados pelas tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.
Setores da indústria e de serviços também contribuíram para o declínio, refletindo tanto aumento nos custos de produção quanto dificuldades logísticas e atraso em encomendas.
Apesar disso, o Coincident Economic Index (CEI), que reflete a atividade econômica atual, teve uma leve expansão de 0,1% em agosto, mostrando que ainda há resiliência no curto prazo.
A diferença entre LEI e CEI sugere que, embora o presente ainda pareça sustentado, há fatores de risco para os próximos trimestres inflação, juros elevados, política comercial internacional e incerteza de mercado.
Analistas avaliam também que os estímulos fiscais ou políticas de incentivo poderão amenizar o impacto, mas sua eficácia depende de execução rápida e da confiança dos agentes econômicos.
Para as empresas, o desafio será operar com margens mais apertadas, custos elevados de capital e possíveis quedas de demanda interna. Para o governo e para formuladores de políticas, o aviso é claro: deve-se observar sinais de desaquecimento antes que se tornem crises.





