Jonas Paulo e Elen participam de debate sobre eleições na Bahia
- Gabriele Galvão
- 2 de jul.
- 3 min de leitura

O debate realizado na noite de ontem (1/7), programado para discutir propostas e ideias entre os candidatos ao cargo de Presidente do PT Estadual no Processo de Eleições Diretas (PED), foi marcado pela notável ausência do candidato Tassio. A situação gerou descontentamento, especialmente por parte de seu oponente, Jonas Paulo, que estava presente ao lado de Elen Coutinho, também candidata à presidência do PT baiano.
Durante o episódio do “A Gente Pod”, promovido pelo ex-vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), Jonas lamentou a ausência do candidato: "Nós queríamos debater, estamos querendo debater. O Nacional teve 5 debates de candidatos, 5 debates de chapas. Propusemos aqui fazer 3 debates de candidatos e 2 debates de chapas, certo? E o candidato não quer fazer debate. A direção estadual não colocou o debate na pauta. Estamos indo para uma eleição em que, de fato, o debate das ideias não ocorreu da forma que deveria aqui na Bahia", disse.
A insatisfação de Jonas reflete um sentimento crescente entre os eleitores que valorizam a transparência e a apresentação de propostas em um espaço democrático. Com a proximidade do PED, a expectativa era alta para que os candidatos pudessem apresentar e discutir suas ideias. A falta de participação de Tassio, portanto, levanta questões sobre sua disposição para o diálogo e a interação com os eleitores. “Talvez pela primeira vez, o primeiro que teve, como ele não foi bem-sucedido, ficou certamente com receio de fazer outro debate. E isso é ruim para a democracia do PT, ruim para o processo do PED e isso esvazia de conteúdo uma disputa importante, como é disputar os rumos do partido e prejudica a interação com os eleitores”, disse.
Elen também pontuou que “ficou claro” que a atual direção não tinha interesse algum em debater o futuro do partido. “Ontem, o Suíca e o Vitor ofereceram uma contribuição militante para o PT, um espaço de debate, e a gente teve pouco debate aqui no PT da Bahia sobre o PED. Parte da direção estadual, uma candidatura, não queria debater o PED. Isso é ruim para o partido, porque, nesse momento de democracia interna, é fundamental que as ideias sejam colocadas, que as críticas sejam feitas e que a gente chegue no melhor formato possível para o nosso partido. Infelizmente, alguns acostumaram a não precisar prestar contas, a não precisar dialogar com a militância, a não precisar debater com o coletivo da direção”, afirmou.
De acordo com Jonas Paulo, foi mais uma oportunidade para o militante, dirigente ou simpatizante entender os projetos, propostas e visões para o futuro do partido. “É importante que nós, nesse PED, tenhamos o debate de propostas, de ideias e de projetos para o Partido dos Trabalhadores na Bahia. Precisamos retomar a iniciativa política, resgatar o protagonismo e reafirmar nossa identidade como partido de esquerda comprometido com a transformação social”, afirmou.
O candidato concluiu destacando a necessidade de mudanças emergenciais: “Chega de letargia e paralisia. A atual direção foi testada e reprovada. Nós apresentamos um projeto estratégico de desenvolvimento para a Bahia — justo, inclusivo, ambientalmente responsável, com tecnologia e visão de futuro. Queremos um PT que fortaleça as cidades, os diretórios municipais e que assuma o papel de liderança na base aliada do governo. Queremos mostrar que o PT precisa de renovação verdadeira — não apenas no discurso, mas na prática. Não podemos mais aceitar velhas práticas de perseguição e autoritarismo. A militância quer e merece participação ativa, respeito e pluralidade. Vamos debater o projeto com compromisso, verdade e responsabilidade”, prometeu.
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