Impacto modesto do “tarifaço” dos EUA: setores exportadores em alerta, mas PIB brasileiro sofre pouco
- edufribeiro07
- 23 de set.
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Uma recente medida dos Estados Unidos imposta tarifa de importação de 50% sobre produtos brasileiros gerou preocupação no governo federal. A estimativa da Secretaria de Política Econômica (SPE) é que isso provoque um impacto de -0,2 ponto percentual no PIB brasileiro entre agosto de 2025 e dezembro de 2026.
Embora o efeito para o PIB total seja considerado modesto, o estrago será maior em setores específicos, como cimento, minerais não metálicos, máquinas, eletrônicos, móveis, produtos de metal, químicos e farmacêuticos, madeira e papel, metalurgia, têxteis e vestuário. Os empregos nesses setores podem sofrer queda, principalmente pela menor competitividade frente ao aumento de custos e tarifas externas.Indústria Brasileira
Para mitigar esses impactos, o governo lançou o programa Plano Brasil Soberano, que visa apoio setorial, compensações e estímulos aos segmentos mais afetados. Entretanto, há incertezas: choques de confiança, elevação do custo do crédito ou instabilidade financeira poderiam ampliar perdas caso não sejam bem administrados.
Também há reflexos sobre exportações brasileiras mais amplas: tarifas elevadas de países importadores encarecem produtos brasileiros ou reduzem margens quando não repassadas integralmente, o que restringe ganhos externos mesmo em commodities.
O câmbio aparece como outro canal de ajuste: se o real se valorizar muito ou muito rápido, pode aliviar um pouco o impacto tarifário, mas isso também tem efeitos colaterais, como menor competitividade quando exporta.
Por outro lado, em uma projeção otimista, se os efeitos do “tarifaço” forem contidos e o mercado externo favorável, alguns setores exportadores podem ganhar competitividade relativa frente à oferta global de produtos concorrentes.





