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HP Inc. anuncia demissões em massa como parte do plano de adoção de IA

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A HP confirmou nesta terça-feira que irá demitir entre 4.000 e 6.000 funcionários globalmente até o ano fiscal de 2028, como parte de uma reestruturação profunda motivada pela adoção da inteligência artificial. A empresa informou que os cortes atingirão equipes voltadas ao desenvolvimento de produtos, operações internas e suporte ao cliente áreas consideradas “vulneráveis” à automação e à transformação digital.


Segundo a HP, o plano de adoção de IA tem como objetivo simplificar operações, acelerar inovação e aumentar a produtividade. A empresa estima que essas mudanças permitirão gerar cerca de US$ 1 bilhão em economia bruta nos próximos três anos. A própria demanda por PCs “habilitados para IA” vem crescendo fortemente: mais de 30% das remessas da HP no quarto trimestre encerrado em 31 de outubro correspondem a máquinas com recursos de inteligência artificial.


A reestruturação faz parte de um movimento global no setor de tecnologia, em que empresas buscam alinhar suas operações com o crescimento da IA muitas vezes reduzindo força de trabalho tradicional e substituindo parte das funções por automação. A HP, apesar de uma receita recente superior às expectativas, terá de lidar com margens reduzidas, custos de reestruturação e a necessidade de ajustar sua oferta de produtos e estruturas internas.


Para funcionários e para o mercado de trabalho, o anúncio levanta alertas quanto à insegurança laboral e às transformações rápidas no perfil de ocupações. Funções repetitivas, operacionais ou de suporte tradicionalmente ocupadas por milhares de trabalhadores estão entre as mais susceptíveis às mudanças. A adoção da IA, nesse contexto, reconfigura as exigências de habilidades e acelera a transição para um tipo de trabalho mais técnico, especializado ou criativo.


Do ponto de vista estrutural e econômico, o plano da HP revela como a IA está mudando não apenas produtos e serviços, mas também o formato de emprego e o papel das empresas na força de trabalho mundial. A tendência sugere que outras gigantes da tecnologia podem seguir caminho similar, o que impõe desafios para políticas de emprego, formação profissional e proteção social.


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