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Governo abre consulta pública para incorporar novo tratamento para doença renal crônica no SUS

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O governo federal lançou, em 22 de outubro de 2025, a consulta pública nº 81 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde (Conitec) que avalia a incorporação do medicamento Finerenona para o tratamento da doença renal crônica (DRC) em estágios 3 e 4 com albuminúria associada ao diabetes tipo 2 no SUS. A medida representa um passo relevante na ampliação de opções terapêuticas para pacientes com DRC, uma condição que afeta milhões de brasileiros e exige atenção contínua dos sistemas de saúde.


A consulta pública está aberta à participação de pacientes, profissionais da saúde, associações, gestores do SUS e demais interessados, por meio da plataforma digital Brasil Participativo. A iniciativa busca garantir mais transparência e engajamento social nas decisões sobre a incorporação de tecnologias em saúde pública, alinhando evidências técnicas, impacto orçamentário e necessidades dos usuários.


A doença renal crônica é uma das maiores ameaças à saúde pública no Brasil, associada a complicações como hipertensão, insuficiência renal terminal e aumento da mortalidade. No caso específico da finerenona, o medicamento tem sido estudado por sua capacidade de reduzir a progressão da nefropatia diabética e limitar a perda de função renal em pacientes com albuminúria

persistente. A incorporação ao SUS pode ampliar o acesso e reduzir o peso econômico e social da DRC.

Especialistas apontam que a adoção de novas terapias no SUS exige o equilíbrio entre custo-efetividade, impacto clínico e sustentabilidade orçamentária. A avaliação da Conitec incluirá dados de eficácia, segurança, impactos financeiros e comparativos com terapias já existentes. Além disso, a participação social por meio da consulta pública permite que pacientes expressem experiências e prioridades, o que pode influenciar a decisão final.


Para o paciente, a possível incorporação da finerenona significa mais uma alternativa antes da necessidade de diálise ou transplante, o que pode melhorar qualidade de vida, reduzir internações e atrasar a evolução da doença. Do ponto de vista sistêmico, o SUS poderá contar com uma intervenção precoce mais eficaz, potencialmente aliviando a sobrecarga hospitalar e os custos associados aos estágios avançados da DRC.


A abertura da consulta pública também reforça a importância da participação social na saúde pública e a necessidade de vigiar o processo de incorporação de tecnologias. Qualquer cidadão pode contribuir até a data de encerramento com pareceres, experiências clínicas ou dados relevantes. O próximo passo será a avaliação técnica da Conitec, seguida de deliberação sobre a recomendação de incorporação da finerenona ao SUS.


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