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Festival de Literatura de Salvador 2025 reúne autores africanos e latino-americanos

A capital baiana sedia entre os dias 12 e 18 de novembro a 8ª edição do Festival de Literatura de Salvador (FLS), que traz como tema “Vozes do Atlântico Negro” e reúne autores, editoras e pesquisadores de 10 países, com forte presença de escritores africanos e latino-americanos. O evento contará com mais de 60 mesas-redondas, oficinas de escrita, feira de editoras independentes e homenagens a clássicos da literatura pós-colonial. O foco é promover o diálogo entre culturas que compartilham legado africano e a diáspora, reforçando o lugar de Salvador como espaço de convergência literária e reflexão.


Entre os destaques estão a escritora angolana Ana Luísa Amaral, o poeta colombiano Luis Rodrígueze o pesquisador brasileiro Renato Oliveira, que debaterão temas como identidade negra, migrações e linguagens contemporâneas. Haverá ainda chamada de vídeos de jovens autores da periferia de Salvador, com premiação ao final do festival. As editoras locais também participarão com lançamentos de livros em língua Kimbundu e oficinas de tradução para o português.


Para os moradores da cidade, o festival representa não apenas cultura, mas movimentação de economia criativa: cafés, livrarias e espaços culturais da cidade esperam aumento de público e visibilidade, com renda gerada por editoras, hotéis e atividades correlatas. A programação foi inteiramente pensada com entrada gratuita em espaços como o Largo do Pelourinho e a Feira do Livro no Campo Grande, promovendo acesso e diversidade.


A organização reforça que a literatura assume papel estratégico no fortalecimento da cidadania, da memória e da construção de narrativas plurais. Foi criada uma “Rede de Jovens Escritores” com visitas às escolas públicas e debates sobre representatividade, fortalecendo a leitura como ferramenta de empoderamento. “Queremos que crianças e adolescentes vejam que suas vozes importam e que podem se tornar autores e agentes culturais”, afirmou a curadora do festival.


Salvador se consolida, assim, como um polo literário no Nordeste e no Brasil, abrindo espaço para autores emergentes e novas formas de sociabilidade cultural. O festival reafirma que cultura é mais do que entretenimento é plataforma de diálogo, reconhecimento e transformação social.

 
 
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