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Economista aponta que isenção do IR beneficiará 15 milhões e aumentará cobrança sobre mais ricos

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A ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais deve beneficiar cerca de 15 milhões de contribuintes e alterar a distribuição da carga tributária no país. A avaliação é do economista Bruno Carazza, comentarista do Jornal da Globo, que destacou o impacto direto da medida sobre o modelo atual de arrecadação.



De acordo com a Receita Federal, ao todo serão 40 milhões de declarantes impactados. Para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350, haverá redução parcial do imposto. Já contribuintes que recebem acima desse valor não terão mudanças.


Por outro lado, cerca de 150 mil brasileiros com renda mensal superior a R$ 50 mil passarão a contribuir mais. Essa cobrança se dará por meio de alíquotas progressivas de até 10% sobre lucros e dividendos, mecanismos que vinham sendo isentos até então.


Carazza destaca que, com a mudança, os contribuintes de alta renda voltarão a ter participação proporcional maior no sistema tributário. Ele lembra que, historicamente, no Brasil, quanto maior a renda, menor a proporção de imposto paga, devido a brechas legais e benefícios fiscais.


Ainda assim, o economista avalia que a proposta não resolve todas as distorções. Heranças, seguros de vida e planos de previdência privada, por exemplo, continuam fora da tributação.


Mesmo com limitações, especialistas apontam que a medida representa um avanço em termos de justiça fiscal e abre caminho para discussões mais profundas sobre a reforma tributária no Brasil.



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