Dia Nacional da Baiana de Acarajé
- edufribeiro07
- 25 de nov.
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O dia 25 de novembro é celebrado como o Dia Nacional da Baiana de Acarajé, data instituída para homenagear as mulheres que exercem o ofício da venda de acarajé e outras iguarias na cultura afro-baiana. A comemoração ganhou reconhecimento legal com a promulgação da Lei n.º 12.206, em 19 de janeiro de 2010.
A figura da baiana de acarajé é mais do que a de uma vendedora ambulante: é símbolo de resistência, identidade afro-brasileira e empreendedorismo feminino que atravessa gerações. O acarajé tem raízes em tradições africanas, foi ritualizado nos terreiros de Candomblé e tornou-se, ao longo do tempo, uma presença marcante nas ruas de Salvador.
Na capital baiana, as comemorações têm caráter festivo, cultural e religioso. Entre as atividades típicas estão celebração de missas ou cultos em igrejas históricas, cortejos de baianas pelas ruas do Centro Histórico, do Pelourinho até a Praça da Cruz Caída, e almoços comemorativos que reforçam a valorização do ofício.
Além do aspecto festivo, a data também serve como momento de reflexão e mobilização: as associações que representam as baianas de acarajé utilizam o dia para reivindicar melhores condições de trabalho, reconhecimento institucional mais amplo e a preservação do seu saber-fazer. O ofício foi inscrito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patrimônio imaterial, reforçando sua importância cultural.
No cenário atual, a data adquire ainda maior relevância ao combinar turismo, gastronomia, cultura afro-brasileira e economia informal. Para os visitantes e para a população local, celebrar a baiana de acarajé é reconhecer um patrimônio vivo que vai além do prato envolve história, religiosidade, mercado popular e identidade coletiva.
Com o avanço das gerações, mantém-se o desafio de garantir que o ofício siga sendo valorizado e respeitado, e que as baianas continuem protagonistas de sua trajetória profissional e cultural.





