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Dia Mundial de Luta Contra a AIDS: Desafios e Avanços no Combate ao HIV

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Nesta segunda-feira (1º de dezembro) é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, data instituída em 1988 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Nações Unidas para sensibilizar a sociedade sobre o vírus HIV, a síndrome da AIDS e os direitos das pessoas que vivem com a infecção. A data também reforça a importância de combater o estigma, promover o acesso a diagnóstico, tratamento e prevenção, e mobilizar esforços globais e locais para que a epidemia possa ser contida.


Segundo os dados mais recentes da UNAIDS, em 2024 viviam no mundo cerca de 40,8 milhões de pessoas com HIV. No mesmo ano foram registradas cerca de 1,3 milhões de novas infecções e aproximadamente 630 mil mortes por causas relacionadas à AIDS. A despeito dessas estatísticas, houve progressos importantes: desde 2010, a queda de cerca de 54% nas mortes por AIDS e a redução de quase 40% nas novas infecções demonstram os resultados das políticas de prevenção, tratamento e conscientização.


Entretanto, 2025 marca um momento de alerta global. Relatórios recentes da UNAIDS apontam que os cortes em financiamento internacional e em programas de prevenção comprometem avanços conquistados nas últimas décadas. Essa crise de recursos ameaça o acesso a testes, prevenção, medicamentos antirretrovirais e atendimento para populações vulneráveis, colocando em risco a meta global de erradicar a AIDS como problema de saúde pública até 2030.


Em resposta aos desafios, governos, organizações de saúde e sociedade civil renovam seus compromissos de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, garantir tratamento contínuo e promover ações de educação e prevenção combinada incluindo uso de preservativos, testagem regular, terapia antirretroviral e cuidado com populações vulnerabilizadas. No Brasil, a campanha nacional conhecida como Dezembro Vermelho reforça essas iniciativas no âmbito do SUS e incentiva mobilização contra o preconceito.


O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS 2025 traz como lema “Eliminar as barreiras, transformar a resposta à AIDS” convocando a sociedade para superar obstáculos estruturais, reduzir desigualdades no acesso aos serviços e retomar o ritmo de avanço na prevenção e no tratamento. Para especialistas e ativistas, essa data serve como um lembrete de que o HIV continua presente, e que o combate à epidemia depende de políticas públicas consistentes, solidariedade social e compromisso permanente com a saúde coletiva.


À medida que o mundo enfrenta retrocessos em financiamento e cobertura de serviços, a data reforça a urgência de redobrar esforços para garantir que tratamento, prevenção e direitos cheguem a quem precisa, e que o estigma e a desinformação não voltem a comprometer vidas. A luta contra a AIDS, agora mais do que nunca, exige vigilância, solidariedade e ação coletiva.


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