Dia Internacional da Alfabetização: como apoiar a aprendizagem das crianças em casa
- Gabriele Galvão
- 8 de set.
- 2 min de leitura

Uma das etapas mais significativas da educação básica, a alfabetização é um marco na trajetória escolar das crianças e embora a escola desempenhe papel central nesse processo, o envolvimento da família pode fazer toda a diferença. Crianças que crescem em contato com livros e participam de momentos de leitura compartilhada desde cedo desenvolvem melhor compreensão para leitura e apresentam maior motivação para aprender a ler e escrever.
Para a consultora pedagógica da Inspira Rede de Educadores, Adriana Selga, a presença ativa da família reforça o trabalho da escola e ajuda a transformar a alfabetização em uma experiência mais prazerosa. “Quando a criança percebe que ler e escrever fazem parte da vida cotidiana, seja em uma história antes de dormir, em um bilhete deixado na geladeira ou em uma lista de compras, ela cria vínculos afetivos com a aprendizagem, o que fortalece a confiança e acelera o desenvolvimento”, explica, acrescentando que, apesar da correria do dia a dia, pequenas atividades de curta duração podem ser incorporadas à rotina familiar para apoiar a alfabetização em casa.
Algumas sugestões da pedagoga para às famílias, são criar uma rotina de leitura, mesmo que curta, é um hábito poderoso. Quinze minutos por dia, antes de dormir ou após as refeições, ajudam a criança a associar o ato de ler a momentos de afeto e relaxamento. Ler em voz alta, trocar os papéis (a criança ler para os pais) e conversar sobre a história ampliam a compreensão e o interesse; escrever costuma estar presente em situações simples do dia a dia, como montar a lista do supermercado, deixar um recado na porta da geladeira ou escrever o nome nos objetos pessoais no início do ano letivo. Certificar-se de que a criança fique ciente desses pequenos hábitos. Dessa forma, ela passa a identificar que a escrita é útil e tem função social, o que dá mais sentido ao aprendizado.
Outra dica são os jogos de rima, trava-línguas, músicas e brincadeiras como “adivinhe a palavra” que são formas divertidas de treinar a leitura e a escrita. A ludicidade tira o peso da obrigação e cria prazer na aprendizagem. Não é preciso ter uma biblioteca completa ou centenas de opções. Uma caixa ou prateleira com alguns livros, gibis e revistas já é suficiente. O mais importante é que os materiais estejam ao alcance da criança, permitindo que ela explore de forma autônoma, sempre que sentir vontade. Uma boa dica para manter a curiosidade e o engajamento é trocar ou adicionar novos títulos periodicamente.





