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Criação de empregos nos EUA revisada em 911 mil a menos revela fragilidade

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O Bureau of Labor Statistics (BLS) dos Estados Unidos divulgou uma correção histórica: entre março de 2024 e março de 2025 o saldo de empregos foi ajustado em 911 000 vagas a menos, o que representa uma queda significativa em relação à estimativa anterior. O número real de contratações ficou muito abaixo do inicialmente estimado, indicando um mercado de trabalho mais frágil do que se imaginava originalmente.



A revisão levou em conta dados amostrais e administrativos, revelando fragilidades em setores como lazer e hospitalidade, serviços profissionais e comércio varejista segmentos que apresentaram os maiores reajustes negativos no número de vagas criadas durante o período.


Apesar da recessão na criação de empregos, a taxa de desemprego se manteve estável em 4,3 %, o que sugere resiliência no mercado. Contudo, especialistas ressaltam que dados como taxa de demissões voluntárias mais baixo e redução em novas vagas indicam um arrefecimento do ritmo de contratação.

Impacto imediato foi sentido nos mercados: investidores e analistas reajustaram suas expectativas quanto ao ciclo de cortes nos juros pelo Federal Reserve. Há consenso de que o cenário pode ampliar o espaço para políticas monetárias mais suaves no curto prazo.


Além disso, a correção reacendeu o debate sobre a confiança nos indicadores oficiais, especialmente considerando metodologias como o modelo “birth-death” do BLS. Esses mecanismos estimam novos empregos líquidos a partir de empresas que surgem ou fecham e são alvo de críticas por opacidade.

A repercussão foi suficiente para colocar em pauta a necessidade de revisões metodológicas nos cálculos de emprego e a urgência de acompanhar sinais conjunturais que possam indicar mudanças mais profundas no mercado de trabalho americano.



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