Cozinha Amazônica Ganha Espaço Internacional e Inspira Restaurantes na Europa

A culinária amazônica vem se consolidando como uma das mais influentes do mundo contemporâneo. Restaurantes de Paris, Londres e Lisboa passaram a incluir pratos inspirados na floresta tropical em seus cardápios, como ceviches de pirarucu, molhos de tucupi e sobremesas com cupuaçu e açaí puro.

Segundo o Instituto Brasileiro de Gastronomia Sustentável (IBGS), as exportações de ingredientes amazônicos aumentaram 48% em 2025, impulsionadas por parcerias entre cooperativas locais e chefs internacionais. Entre os nomes que lideram essa tendência estão Thiago Castanho e Roberta Sudbrack, que têm promovido menus autorais com foco na origem dos produtos e nas comunidades extrativistas.

Em Londres, o restaurante “Rainforest Essence”, inaugurado neste semestre, tornou-se símbolo desse movimento ao empregar biomas brasileiros em um menu degustação premiado pelo Michelin Green Star. A proposta combina sustentabilidade, narrativa cultural e alta gastronomia — elementos que transformam a cozinha amazônica em um patrimônio vivo da biodiversidade.

O crescimento dessa influência tem impacto direto na economia da região Norte, fomentando o turismo gastronômico e fortalecendo cadeias produtivas de agricultores familiares e povos tradicionais. O governo brasileiro estuda incluir a gastronomia amazônica como patrimônio cultural imaterial, reforçando sua relevância para a identidade nacional.