Adele faz estreia no cinema sob a direção de Tom Ford
- Cauã Costa
- há 5 dias
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Adele avança em sua trajetória artística ao aceitar o papel principal na adaptação cinematográfica de Cry to Heaven, dirigida e roteirizada por Tom Ford. O projeto representa a primeira incursão relevante da cantora no cinema, alinhando sua formação vocal com uma narrativa ambientada na Itália do século XVIII e centrada no universo dos castrati e da ópera barroca.
A produção reunirá um elenco formado por nomes consolidados do cinema contemporâneo, em uma escala que mistura atores veteranos e talentos emergentes. As filmagens estão programadas para iniciar no início de 2026, com locações confirmadas em cidades históricas como Roma e Londres, o que reforça o caráter de produção de prestígio e o investimento em cenografia e figurino autênticos.
A narrativa foca em conflitos de identidade, poder e redenção, explorando a prática histórica da castração de vozes masculinas para preservar registros soprano e o impacto dessa prática sobre trajetórias pessoais e artísticas. Para Adele, o papel exige uma imersão não apenas interpretativa, mas também técnica, aproveitando sua experiência com performances ao vivo para construir uma personagem cuja voz e presença são fundamentais para a trama.
No plano estético, a direção de arte privilegia uma recriação detalhada do século XVIII, com ênfase em palácios, teatros de ópera e oficinas de figurinos. A fotografia pretende mesclar o requinte barroco com uma paleta contemporânea, buscando traduzir visualmente o contraste entre espetáculo público e conflito íntimo. A trilha sonora, concebida para dialogar com práticas vocais históricas, deve integrar arranjos orquestrais e momentos de destaque para a performance lírica da protagonista.
Do ponto de vista industrial, a participação de uma artista com amplo reconhecimento global tende a ampliar a visibilidade internacional do filme e a facilitar acordos de distribuição e comercialização em múltiplos mercados. O projeto também movimenta cadeias econômicas locais nas cidades de filmagem — serviços de produção, figurino, restauração de locações históricas e equipe técnica recebem impacto direto com a logística das gravações.
Para o público e para os criadores de conteúdo digital, a transição de Adele para as telas abre frentes de cobertura jornalística e editorial: análises sobre a performance, conteúdo sobre bastidores, comparativos entre sua carreira musical e a nova fase como atriz, além de materiais que exploram o universo histórico retratado no filme. No mercado latino-americano, campanhas de marketing, dublagem e eventos promocionais podem ampliar o engajamento regional.
A participação de Tom Ford como diretor e produtor posiciona o filme dentro da linha de obras que transitam entre moda, cinema autoral e produções de arte, potencialmente atraindo tanto audiências de prestígio quanto seguidores da cantora. O lançamento, previsto para o fim de 2026, é aguardado como um dos eventos cinematográficos que cruzam as fronteiras entre música e cinema neste ciclo.





